Você ou alguém próximo notou o aparecimento de pequenas bolhas na pele, coceira e outros sintomas? Até pensou em ir ao dermatologista tentar entender o que é, mas gostaria de ter uma ideia antes do que poderia ser? Entenda o que é cobreiro, quando ele surge e se há tratamento. Leia o artigo completo!


O que é Cobreiro? 

Cobreiro é o nome popular da doença de pele herpes zoster. Causado pelo mesmo vírus da catapora, que é a varicela zoster (Herpesvírus humano tipo 3), ele é uma infecção viral que surge nos adultos e idosos principalmente. É uma doença com tratamento e, apenas em casos raros, pode levar a pessoa à morte. 

E por que a herpes zoster é comum em pessoas mais velhas? Porque depois que a pessoa tem a catapora (geralmente durante a infância), o vírus varicela zoster pode ficar “oculto” no sistema nervoso da pessoa durante anos. Entretanto, em algum momento, esse mesmo vírus pode reativar e causar o cobreiro. 


Por que o vírus causador do cobreiro pode ser reativado? 

O vírus causador do cobreiro pode ser reativado por vários motivos e um dos mais importantes deles é a baixa imunidade. É justamente por isso que o cobreiro é muito comum em idosos, pois eles apresentam uma diminuição da imunidade ao vírus naturalmente.


Mas não são só as pessoas mais velhas que desenvolvem a doença. O número de registros de jovens com cobreiro vem crescendo devido a uma queda na imunidade, associada a fatores como o estresse. 

De maneira geral, independentemente da idade, quem já teve catapora deve ter cuidado se surgirem os sintomas, pois é possível desenvolver o cobreiro em alguma etapa da vida. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, o cobreiro pode ocorrer mais de uma vez com a mesma pessoa. 

Como se pega o cobreiro?

Não é possível pegar o cobreiro (herpes zoster), mas sim o vírus varicela zoster. A forma de transmissão do vírus é feita de pessoa para pessoa e ocorre por meio de contato direto com a pele ou secreções respiratórias, mas isso é mais comum de acontecer na catapora.


Quando há o contato direto com o líquido que sai das “pequenas bolhas” (vesículas), ela pode acabar espalhando o vírus tanto para quem nunca teve varicela quanto para pessoas que ainda não tomaram a vacina. Agora, quando a lesão vesicular do cobreiro é coberta, há uma menor chance de disseminar o vírus.

Por esse motivo, a recomendação que fica é: quem nunca teve catapora deve ficar longe das pessoas contaminadas com uma dessas duas doenças causadas pelo vírus varicela zoster e evitar ter contato com objetos pessoais, roupas de cama, entre outros.


Como aparece o cobreiro na pele?

A pessoa pode sentir coceira, dor ou formigamento no local onde se desenvolve o cobreiro, antes mesmo do surgimento das vesículas — pequenas bolhas cheias de líquido cercadas por uma área avermelhada. 

Esses sintomas devem aparecer dias antes do surgimento da lesão. Após esse período, as vesículas costumam se agrupar e seguir uma espécie de “faixa” pela pele. Elas apresentam um líquido que tem o vírus varicela zoster. 

Além dos sintomas que citamos acima, a pessoa pode apresentar também dor de cabeça e febre.
 

Possíveis complicações do cobreiro

Nos casos mais graves, a doença pode evoluir para cegueira, meningite e surdez. Pessoas com mais de 60 anos com cobreiro podem ter algumas complicações, como: a neuralgia pós-herpética. Ela causa dor forte, sensibilidade ao toque, forte sensação de coceira que pode durar semanas ou meses depois do desaparecimento das lesões.

Em quais regiões do corpo o cobreiro mais aparece? 
As regiões do corpo que são mais afetadas pelo cobreiro são: face, tronco e membros. 

O cobreiro pode matar?

Em casos raros, pode levar a pessoa a óbito. Entretanto, o tratamento tem o objetivo de reduzir a duração do cobreiro, limitar sua extensão e gravidade e prevenir justamente essas complicações.

Fatores de risco

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do cobreiro são pessoas com:
Câncer;
Diabetes;
Doenças crônicas;
Estresse físico ou psicológico;
HIV/AIDS;
Idade superior a 50 anos;
Quimioterapia ou utilização de remédios que diminuem a imunidade.


Como fazer o diagnóstico?

O diagnóstico do cobreiro é clínico e, geralmente, não tem a necessidade de fazer exames complementares. De maneira geral, a doença é diagnosticada por meio do histórico clínico da pessoa e análise das lesões. 
Em casos de cobreiro com apresentações menos típicas, exames complementares — como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) — podem ajudar a confirmar a doença. 

Como tratar o cobreiro?

O tratamento do cobreiro tem o objetivo de diminuir a duração da doença, limitar sua extensão e gravidade e prevenir possíveis complicações.

Os médicos podem prescrever para pacientes com cobreiro o uso de antivirais e analgésicos para aliviar a dor. Caso surjam lesões no rosto (como no nariz e olhos, por exemplo), pode ser necessário fazer o uso de medicação por via intravenosa.

Outros cuidados que a pessoa tem que ter ao ser diagnosticada com cobreiro é: 

a) Lavar as “pequenas bolhas” com água e sabão neutro sem esfregar;
b) Usar roupas confortáveis que não pressionam a região lesionada;
c) Utilizar apenas as pomadas prescritas por um médico para evitar a irritação da pele e prejudicar as vesículas.


Como prevenir a doença? 

A forma de prevenir o cobreiro é por meio da aplicação de vacinas como a Tetravalente viral (que protege contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e a vacina Varicela que são indicados no calendário de vacinação infantil. 

Já a vacina contra a herpes zoster só está disponível para aplicação em quem tem mais de 50 anos.

Da redação do Pesquisaki com informações do Portal Beep!