O que é Fordismo?



O Fordismo é um modo de produção em massa baseado na linha de produção. Foi fundamental para a racionalização do processo produtivo e na fabricação de baixo custo e na acumulação de capital.

Criado em janeiro de 1914, pelo norte-americano Henry Ford, o sistema foi um marco no mercado automobilístico da época, pois reduziu o tempo de produção e o custo dos veículos.

O Fordismo é um modo de produção em massa elaborado por Henry Ford, consistindo no aumento da produção, que possibilita a baixa nos preços, que, por sua vez, aumentam as vendas e ajudam o produto a se manter com preços baixos.

O mecanismo de produção foi iniciado simbolicamente por cerca de 1914 a 1973, quando Ford introduziu seu "dia de oito horas e cinco dólares" como recompensa para os trabalhadores da linha de automática de montagem de carros que ele estabelecera no ano anterior em Dearbon, Michigan. 

A ideia de "oito horas e cinco dólares", foi a forma que Ford buscou para adquirir a disciplina e a eficiência necessária para a operação do sistema de linhas de montagens de alta produtividade. Era também preciso dar ao trabalhador renda e tempo de lazer suficientes para que consumissem produtos em massa que as corporações estavam por fabricar em quantidades cada vez maiores.


Criador

Empreendedor e engenheiro mecânico, Henry Ford nasceu em Condado de Wayne, em 30 de julho de 1863. Autor de dois livros ("Minha filosofia de indústria" e "Minha vida e minha obra"), foi o primeiro empresário a pensar e aplicar estratégias para a produção em massa que durasse menos tempo e a baixo custo.

O dono da Ford Motor Company iniciou sua paixão por motores muito novo, afinal, era responsável pela manutenção dos reparos nas máquinas agrícolas da fazenda de seus pais. Desde essa época já mostrava habilidades inovadores, por isso, usava manutenção das máquinas para descobrir como era o seu funcionamento interno.

Aos quinze anos já era conhecido por realizar reparos em relógios de amigos e vizinhos. Já aos dezesseis, deixou sua casa para morar na cidade vizinha, Detroit, para atuar como aprendiz de operador de máquinas, a princípio na empresa James F. Flower & Bros e em seguida na Detroit Dry Dock Co.

Em 1893, após ser promovido ao cargo de engenheiro-chefe, na Edison Illuminating Company, Ford passou a investir dinheiro e tempo em experiências pessoais com motores a gasolina. Estes experimentos resultaram, em 1896, na finalização do seu primeiro veículo automotor, chamado de quadriciclo.

Henry sempre foi apaixonado por carros esportivos e foi por causa dessa paixão que ele, juntamente com o projetista Harold Wills, criou o carro 999. Esse veículo foi vencedor de um concurso da época e o rendimento financeiro do sucesso resultou na fundação da Ford Motor Company.

Características

As características do fordismo são baseadas em três princípios: intensificação, economicidade e produtividade. 

a) Intensificação: A ideia é reduzir o tempo de produção e da chegada da mercadoria ao público, através de técnicas com esta finalidade. Este era o objetivo da linha de montagem. 

b) Economicidade: Como mercadoria parada resulta em perda de dinheiro, uma das metas do fordismo era reduzir as peças em estoque ao mínimo necessário. Além disso, era preciso reduzir o custo do produto. Por isso, uma das medidas mais famosas do fordismo foi pintar todos os carros com uma mesma cor: preto. Henry Ford costumava dizer que “o cliente pode ter o carro da cor que quiser, desde que seja preto”, isso porque a tinta preta era mais barata e secava mais rápido. 

c) Produtividade: Ao deixar um mesmo trabalhador executando uma função repetidas vezes, este se torna um especialista na área, desempenhando o trabalho de forma mais eficiente do que alguém com um conhecimento e prática genérica o faria.


Inovações

Os aspectos inovadores do fordismo foram justamente a forma de organização e as técnicas realizadas para a finalização do trabalho, a exemplo do que foi destacado anteriormente, que foi a implementação de esteiras rolantes, facilitando o transporte das partes do produto até o funcionário sem a necessidade que o mesmo realizasse movimentos desnecessários. 

Uma outra novidade na época era a especialização funcional, que permitia que o profissional tivesse acesso apenas a determinada função. Porém, isso foi visto por muitos de forma negativa, pois limitava o trabalhador a apenas uma função dentro da empresa, sem haver a possibilidade de uma qualificação. 

Mas, levando para o lado positivo, esse formato de produção possibilitou uma melhora significativa na vida da classe operária, permitindo que os mesmos fossem até consumidores do próprio trabalho.


O Fordismo e o Taylorismo

O que Henry Ford fez, na verdade, foi melhorar os conceitos de Frederick Taylor, que se tornariam conhecidos como o Taylorismo. 

Em sua linha de montagem, Taylor focou na excelência da produção de seus trabalhadores. Os movimentos eram sincronizados, além de ser instituído um controle produtivo. 

O problema no Taylorismo é que não se investia em tecnologia. Não se preocupava igualmente com o fornecimento de matéria-prima, assim como com a venda dos produtos. 

As modificações implementadas por Ford fizeram a diferença, já que ele passou a ter noção de todo o ciclo produtivo. Sua rígida fiscalização dava a ele ciência dos insumos, da velocidade da produção, assim como da negociação dos veículos.


Decadência

O modo de produção muito duro com os funcionários, logo começou a se chocar com o surgimento das leis trabalhistas. Além disso, o mundo foi mergulhado nas diversas crises do petróleo, o que abalou a indústria automobilística. 

Por tudo isso é que o Fordismo entrou em decadência a partir da década de 1970. Mas o pior golpe foi a entrada dos japoneses do mercado, já que ele trouxeram o Toyotismo. 

Com pouco prazo o sistema que a Toyota implantou de produção de carros estourou. Era uma novidade o uso de robôs e modernos computadores na linha de produção. 

Entre as décadas de 1970 a 80, a Ford perdeu a liderança na montagem automobilística para a General Motors. E no final dos anos 2000, finalmente presenciou a Toyota assumir o posto de maior do mundo.

Fontes: Conhecimento Científico, Toda Matéria, Suno Researche, Educa Mais Brasil.